IPCA, Selic, INPC… Essas siglas fazem parte do cotidiano de quem acompanha a economia de determinado país e se informa diariamente sobre novidades no setor. Quem quer aprender sobre mercado financeiro precisa estar por dentro dos principais indicadores econômicos. Não sabe ainda o que eles significam e para que servem? É só continuar lendo o texto e responder todas as suas dúvidas!
O que são indicadores econômicos?
Os indicadores econômicos são dados que acompanham a economia de um país sobre determinado aspecto. Esse compilado de dados funciona como um termômetro para a economia, e são usados como referência por investidores, empresários e pelo governo para avaliar a situação financeira do país.
Mas por que é importante acompanhar os indicadores?
Acompanhar os principais indicadores é de extrema importância. Eles permitem a identificação de mercados, auxiliam no reconhecimento dos melhores momentos econômicos e facilitam na tomada de decisões.
Além disso, os indicadores são usados para prever cenários do capital, entendendo tendências de crise e aceleração da economia. Dessa forma, é possível fazer planos empresariais e construir estratégias de investimento mais assertivas.
Já deu para perceber que entender e acompanhar indicadores econômicos é parte essencial de uma estratégia objetiva de investimentos, correto? Então descubra quais são os índices mais importantes a serem acompanhados.
1 – PIB
Esse é famoso! Com certeza você já ouviu falar no PIB. Mas o que significa de fato, o PIB? O Produto Interno Bruto é a soma de todos os valores monetários produzidos pelo país em bens e serviços ao longo de um ano. Na conta, não entram serviços não remunerados, bens já existentes e atividades informais. O indicador mostra o quanto a economia do país está aquecida e em pleno funcionamento. Um PIB em queda por dois trimestres consecutivos indica recessão. A partir do terceiro trimestre de queda o país já é considerado em situação de crise.
Existe também o PIB per capita, que divide o valor do produto interno bruto pela quantidade de habitantes de um país. O PIB per capita é geralmente associado ao IDH – quanto maior o indicador, maior a qualidade de vida dos habitantes da região.
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2 – IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice oficial da inflação do país. É medido mensalmente pelo IBGE e mostra a variação dos preços no comércio para o público final. Ele considera na conta gastos em alimentação e bebidas, despesas pessoais, educação, moradia, saúde e cuidados pessoais e reflete o custo de vida de famílias da renda metropolitana das principais cidades do brasil com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos. É também útil para que o governo entenda se o índice está dentro da meta prevista para a inflação está sendo cumprida.
3 – INPC
O IPCA, entretanto, não é o único indicador econômico que reflete a inflação. Apesar de ser o oficial, existem diferentes índices, cada um responsável por calcular a variação em determinado setor de produtos. O INPC, ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor, também medido pelo IBGE, mostra a oscilação dos preços no mercado de varejo. Ele foca em famílias que recebem uma faixa salarial mais baixa que o índice oficial (até 5 salários mínimos). Por isso, a variação de preços aqui é sentida no setor de consumo básico, como alimentos de consumo diário (arroz, feijão, leite), gás de cozinha e passagens de ônibus.
O INPC é muito usado para reajustes salariais, por refletir o poder de compra da parcela mais pobre da população, ou seja, mais de 40 milhões de brasileiros.
4 – IGP-M
O Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM), ao contrário do IPCA e INPC, é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e registra a inflação de preços de bens de consumo e bens de produção. O indicador é uma versão do Índice Geral de Preços (IGP), e é calculado com a junção do IPA-M – Índice de Preços por Atacado – Mercado, com peso de 60%, IPC-M – Índice de Preços ao Consumidor – Mercado, com peso de 30% e INCC-M (Índice Nacional do Custo da Construção, com peso de 10%).
5 – Selic
A Selic, ou Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa de juros básica do país. Ela influencia todas as taxas de juros do Brasil, como juros de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. A Selic é usada para tentar controlar a inflação, já que o crescimento ou queda dos juros influenciam no consumo da população. É calculada a cada 45 dias pelo Banco Central no COPOM (Comitê de Política Monetária).
Além de influenciar os juros brasileiros e, consequentemente, na inflação e no consumo populacional, ela também afeta as taxas de câmbio e investimentos como poupança, Tesouro Direto e LCI’S e LCA’S.
6- Taxa Referencial
A Taxa Referencial, mais conhecida como TR, foi criada no governo de Fernando Collor como medida de combate à hiperinflação. Na época (1990), a inflação chegava às alturas, com valores como 1.476,56%. Em medida de comparação, a inflação fechou o ano de 2019 em 4,31%.
Atualmente, a TR é uma taxa de referência da economia brasileira, usada para calcular o rendimento de diversas aplicações financeiras, como a caderneta de poupança. Para calcular a TR, aplica-se a equação: TR = 100 x {[(1 + TBF ÷ 100) ÷ R] – 1}, em que o R representa o redutor e a TBF a tarifa básica financeira, definida pelo Banco Central.
Mas se você não quer perder tempo calculando a Taxa Referencial, não tem problema: ela é divulgada pela Calculadora do Cidadão.
7- Dólar
Sim, o dólar também é um indicador econômico! Sua cotação não é regulada pelo estado e sim determinada pelo câmbio flutuante, ou seja, pela lei de oferta e demanda. As oscilações da moeda norte americana afetam a economia brasileira. Quando a moeda está em alta (movimento ocorrido em 2019), a tendência é que a inflação do Brasil aumente. Além disso, a valorização da moeda estrangeira influencia diretamente no preço de produtos exportados, como eletrônicos, e também no preço do barril de gasolina. A alta do dólar também afeta investimentos estrangeiros no Brasil e exportações. Já a baixa beneficia importadores e o turismo internacional.
Conclusão
A situação econômica de um país é afetada por múltiplos coeficientes e é analisada por um conjunto de fatores variáveis. Entender e acompanhar os principais indicadores é necessário para quem quer tomar decisões financeiras com mais clareza e segurança.
Mas não faça só isso! Continue lendo o blog da Bússola do Investidor e aprenda cada vez mais sobre mercado financeiro.
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