quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Blue Chips: as principais ações da bolsa de valores

Em todas as bolsas de valores, as principais ações que as compõem são conhecidas no mundo financeiro como ações Blue Chips

Por isso, entender o conceito de Blue Chips é fundamental, assim como conhecer quais são as empresas que se enquadram nesse perfil no Brasil. 

O que são Blue Chips?

Quando o termo “Blue Chips” for citado em uma conversa sobre investimentos, é necessário entender que se trata das maiores empresas da bolsa de valores. 

E o melhor é: o termo Blue Chips não é utilizado apenas no Brasil, mas ao redor do mundo inteiro, para representar as companhias mais importantes que compõem cada bolsa de valores. 

Para uma empresa ser considerada uma BC, normalmente, são utilizados alguns critérios, como:

 

  • Valor de mercado; 
  • Market Share;
  • Reconhecimento nacional (e internacional); 
  • Consistência; 
  • Entre outros fatores. 

 

Portanto, como as Blue Chips são as empresas mais capitalizadas na bolsa, impactos sobre o valor negociado das suas ações são mais significantes para variações nos principais índices da bolsa, como IBOV, no Brasil, e o Dow Jones e S&P 500, nos EUA.

Afinal, esses indicadores nada mais são do que carteiras teóricas compostas de forma quantitativa, ou seja, colocando um maior peso nas empresas que representem uma proporção maior do capital agregado da bolsa. 

Quais são as Blue Chips brasileiras?

Após conhecer quais os critérios que auxiliam a determinação das BCs, já é possível começar a imaginar em alguns fortes candidatos no cenário nacional. 

Afinal, a B3 (bolsa de valores nacional) é composta por algumas gigantes e multinacionais com residência no Brasil. 

Entre as principais Blue Chips listadas na bolsa de valores do Brasil, estão:

  • Petrobras (PETR4); 
  • Vale (VALE3)
  • Ambev (ABEV3);
  • Itaú (ITUB4);
  • Banco do Brasil (BBAS3);
  • Bradesco (BBDC4). 

 

Entre estatais e companhias privadas, do setor financeiro ao de produção de bebidas, a composição da bolsa de valores é incrivelmente valorizada por essas empresas. 

Em 2020, a Bolsa de Valores brasileira registrou a marca de R$4 trilhões. No mesmo período, o valor de mercado aproximado da Ambev era de R$250 bilhões. 

Além da Ambev, todas essas outras empresas são multibilionárias e, com seus valores de mercado agregados, representam uma parcela majoritária da bolsa de valores. 

No entanto, é preciso salientar que isso não é exclusivo do cenário brasileiro. Em outros países as blue chips também representam uma fração majoritária da bolsa. 

Nos Estados Unidos, por exemplo, as principais BCs negociadas em bolsa são:

 

  • McDonald’s;
  • Coca-Cola;
  • Apple;
  • Amazon;
  • Facebook; 
  • Google;
  • Entre outras. 

Vantagens e desvantagens de investir em Blue Chips?

Ao começar a investir em ações, é intuitivo pensar no nome das principais empresas do país. 

Afinal, o investidor, naturalmente, só pretende se associar a companhias que ele conhece e, sobretudo, respeita e reconhece valor. 

Por isso, a grande maioria dos investidores, até os mais experientes, possuem ações de companhias blue chips na composição de suas carteiras. 

Contudo, nem sempre, mesmo que uma empresa seja grande e tenha uma reputação histórica, o investimento nessas empresas é justificável. 

Para isso, é necessário analisar a fundo a companhia, entender o momento pelo qual ela está passando, assim como as perspectivas para o futuro do mercado que a empresa atua. 

Um bom primeiro passo para começar a analisar esse tipo de investimento, é conhecendo as principais vantagens e desvantagens de investir em Blue Chips. 

Vantagens

Por serem as maiores empresas e principais atuantes de importantes mercados, é muito menos provável que as companhias Blue Chips entrem em grandes crises que possam comprometer o resultado, sobretudo de longo prazo, do investidor. 

Além disso, ainda por conta do tamanho e consistência desse tipo de empresa, as Blue Chips tendem a ser boas pagadoras de dividendos para os seus investidores. 

Ou seja, para investidores da renda variável que pretendem incluir em suas carteiras ações menos voláteis e com maior distribuição de dividendos, as Blue Chips podem ser ótimas opções. 

 

Desvantagens 

Por outro lado, a grande proporção dessas companhias pode ser analisada como uma desvantagem pelo investidor. 

Afinal, por se tratar de grandes e consolidadas empresas, um crescimento exagerado da empresa não deve ser esperado. 

Empresas menores, e/ou que compõem mercados em expansão, têm um potencial de valorização muito maior. 

Por isso, muitos investidores tem a opinião que a rentabilidade das Blue Chips, no longo prazo, é semelhante ao CDI, mas com os riscos associados a renda variável. 

No entanto, se for analisada, além da valorização, a distribuição de proventos ao longo do tempo, a performance das blue chips costumam superar os investimentos de renda fixa

Portanto, na grande maioria das vezes, a valorização de longo prazo das principais ações da bolsa são mais interessantes do que o juros compostos acumulados da renda fixa. 

Vale a pena investir em Blue Chips?

Assim como todos os ativos, as blue chips possuem suas vantagens e desvantagens em relação aos demais. 

Por isso, o indicado é: compor uma carteira de investimento diversificada, mas pensando sempre no perfil do investidor. 

Naturalmente, quanto menos aversão ao risco, mais propenso o investidor será a compor uma maior parte da sua carteira com ativos de renda variável. 

E, ainda, entre os investidores de renda variável, aquele que souber lidar pior com a volatilidade dos ativos, tende a ter uma maior parte da carteira composta por Blue Chips. 

Por outro lado, os com menor aversão ao risco e a volatilidade dentro da renda variável, podem optar por uma maior porcentagem de ativos considerados Small Caps, que são as empresas de menor nível de capitalização da bolsa. 

Mas, a importância de diversificar está justamente na proteção proporcionada pela combinação de diferentes ativos, que performam de formas distintas em um mesmo período de tempo. 

Para aqueles investidores iniciantes que não se sentem preparados para selecionar ativos para a sua carteira de investimento, existe a opção dos ETFs atrelados aos principais índices da bolsa de valores. 

Com o BOVA11, atrelado ao IBOV, é possível investir diretamente na performance média das principais blue chips da bolsa de forma altamente diversificada. 

Assim, mesmo para os mais inexperientes, é possível aproveitar todos benefícios de investir em Blue Chips ao longo do tempo. Aproveite e leia também sobre Small Caps

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