quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Cuidados continuados: as 10 respostas que precisa para beneficiar deste apoio

Os cuidados continuados são cuidados de saúde e de apoio social destinados a pessoas em situação de dependência, qualquer que seja a sua idade. Têm como principal objetivo melhorar a qualidade de vida do utente, promover a sua recuperação e incentivar a autonomia.

Os cuidados continuados são prestados através da Rede Nacional de Cuidados Continuados.

1. Que serviços prestam as unidades de cuidados continuados?

Em concreto, as unidades de cuidados continuados proporcionam aos utentes:

  • Cuidados de saúde, de reabilitação, de manutenção, de conforto e de apoio psicossocial;
  • Alimentação de acordo com planos nutricionais individuais;
  • Prestação de cuidados de higiene;
  • Administração adequada de fármacos;
  • Atividades de convívio e lazer;
  • Formação dos familiares e outros cuidadores informais.

A cada utente é nomeado um "Gestor de Caso", que conhece e gere o seu processo individual.

2. Quem pode beneficiar de cuidados continuados?

Pode beneficiar de cuidados continuados quem se encontre nas seguintes situações:

  • Doença severa, em fase avançada ou terminal;
  • Incapacidade grave, com forte impacto psicossocial;
  • A alimentação entérica (processo de alimentação dos indivíduos que estão impedidos de se alimentarem por via oral e que recebem a sua nutrição por meio de sonda gástrica ou intestinal);
  • Em tratamento de úlceras de pressão e ou feridas (lesão localizada na pele e/ou tecido);
  • Em manutenção e tratamento de estomas;
  • Em terapêutica parentérica (compreende a utilização de soluções ou essências especialmente preparadas para serem introduzidas, mediante injeção, nos tecidos orgânicos ou na circulação sanguínea);
  • Com medidas de suporte respiratório designadamente a oxigenoterapia ou a ventilação assistida não invasiva;
  • Para ajuste terapêutico e ou de administração de terapêutica, com supervisão continuada;
  • Dependência funcional transitória decorrente de processo convalescença ou outro;
  • Dependência funcional prolongada;
  • Idosos com critérios de fragilidade (dependência e doença).

3. Como aceder aos cuidados continuados?

Se o doente estiver internado num hospital do Serviço Nacional de Saúde deve contactar o serviço onde está internado ou a Equipa de Gestão de Altas (EGA) desse Hospital.

Os profissionais de saúde do serviço do Hospital onde se encontra internado, referenciam os doentes para potencial ingresso na RNCCI. A referenciação pode ser realizada desde o início do internamento até 4 dias antes da data prevista da alta. A proposta de referenciação é enviada à EGA do Hospital, a qual deve avaliar e confirmar toda a informação até ao momento da alta. Após confirmação da informação, a EGA envia a proposta para a Equipa Coordenadora Local.

Nos casos em que o doente esteja em casa, num hospital privado ou noutras instituições ou estabelecimentos, deve contactar qualquer profissional das unidades de cuidados na comunidade (UCC) para que seja feita a sinalização às Unidades de Saúde Familiar (USF) e Unidades de Cuidados Saúde Personalizados UCSP) dos doentes com potencial de referenciação para a RNCCI. A proposta de referenciação é enviada à Equipa Coordenadora Local.

4. Quanto vou pagar para receber cuidados continuados?

É gratuito, se o internamento decorrer numa unidade de convalescença ou numa unidade de cuidados paliativos, integrada na Rede Nacional de Cuidados Paliativos.

É pago, se o utente estiver internado numa unidade de internamento de média duração e reabilitação ou numa unidade de longa duração e manutenção. O valor a pagar depende dos rendimentos do agregado familiar. Estes são os rendimentos que é necessário declarar para apuramento do custos dos cuidados continuados:

quadro de rendimentos

No início da prestação dos cuidados continuados o utente assina um Termo de Aceitação e um Contrato de Prestação de Serviços, com indicação do valor diário que se compromete a pagar pelos serviços de saúde e apoio social prestados. Em alguns casos, poderá ser necessário pagar uma caução.

Os custos referentes aos cuidados de saúde são pagos pelo Serviço Nacional de Saúde. O que o utente paga são os custos referentes ao apoio social, podendo uma parte dessa despesa ser comparticipada pela Segurança Social.

5. Como obter comparticipação de despesas pela Segurança Social?

Só têm acesso à comparticipação da Segurança Social os utentes que sozinhos, ou considerando o seu agregado familiar, tenham depósitos bancários, ações, certificados de aforro ou outro tipo de património mobiliário de valor inferior a € 104.582,40‬ (240 x IAS, que é € 435,76 em 2019).

É necessário preencher o Modelo AS 55-DGSS e apresentar cópias dos documentos de identificação do requerente e do beneficiário.

A parte comparticipada pela Segurança Social é transferida diretamente para a instituição onde está internado.

6. O que é a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)?

A RNCCI é constituída por instituições, públicas ou privadas, que prestam cuidados continuados de saúde e de apoio social a pessoas em situação de dependência. Os cuidados continuados podem ser prestados na casa do beneficiário ou em instalações próprias.

Dentro da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados existem diversas respostas que se destinam a situações diferentes em termos de condição de saúde do utente, necessidade ou não de internamento e duração previsível dos cuidados a prestar. 

7. Quais os cuidados continuados adequados a pessoas que precisam de estar internadas?

Nas situações em que o utente tenha que ser internado, é possível recorrer a uma das seguintes unidades de cuidados internados, em função da duração previsível do internamento:

A) Cuidados continuados de convalescença (máx. 30 dias consecutivos)

Para pessoas que estiveram internadas num hospital devido a uma situação de doença súbita ou ao agravamento duma doença crónica, que já não precisam de cuidados hospitalares, mas requeiram cuidados de saúde que, pela sua frequência, complexidade ou duração, não possam ser prestados no domicílio.

Inclui: acesso a cuidados médicos permanentes; cuidados de enfermagem permanentes; exames complementares de diagnóstico, laboratoriais e radiológicos; prescrição e administração de medicamentos; cuidados de fisioterapia; apoio psicológico e social; higiene, conforto e alimentação; convívio e lazer; reabilitação funcional intensiva.

B) Cuidados continuados de média duração e reabilitação (de 30 a 90 dias)

Para pessoas que, na sequência de doença aguda ou reagudização de doença crónica, perderam a sua autonomia e funcionalidade, mas que podem recuperá-la e que necessitem de cuidados de saúde, reabilitação funcional e apoio social e pela sua complexidade ou duração, não possam ser assegurados no domicilio, com previsibilidade de ganhos funcionais atingíveis até 90 dias consecutivos.

Inclui: cuidados médicos diários; cuidados de enfermagem permanentes; cuidados de fisioterapia e de terapia ocupacional; prescrição e administração de medicamentos; apoio psicossocial; higiene, conforto e alimentação; convívio e lazer; reabilitação funcional.

C) Cuidados continuados de longa duração e manutenção (mais de 90 dias)

Para pessoas com doenças ou processos crónicos, com diferentes níveis de dependência e graus de complexidade, que não reúnam condições para serem cuidadas em casa ou na instituição ou estabelecimento onde residem. Presta apoio social e cuidados de saúde de manutenção que previnam e retardem o agravamento da situação de dependência, favorecendo o conforto e a qualidade de vida.

Inclui: atividades de manutenção e de estimulação; cuidados de enfermagem permanentes; cuidados médicos regulares; prescrição e administração de medicamentos; apoio psicossocial; controlo fisiátrico periódico; cuidados de fisioterapia e de terapia ocupacional; animação sociocultural; higiene, conforto e alimentação; reabilitação funcional de manutenção.

D) Cuidados paliativos da Rede Nacional de Cuidados Paliativos (RNCP)

Para pessoas com doenças graves ou incuráveis, em fase avançada e progressiva. Presta apoio social e cuidados de saúde de prevenção e alívio do sofrimento físico, psicológico, social e espiritual, com vista à melhoria do bem-estar do utente. Também presta apoio aos doentes e às suas famílias (pode obter mais informações aqui).

8. Quais os cuidados continuados adequados a pessoas que não precisam de estar internadas?

Os utentes que não precisem de ser internados, mas que se encontram em condições de beneficiar de cuidados internados, podem contar com as seguintes unidades de cuidados continuados:

A) Unidade de dia e promoção da autonomia (em fase de implementação)

Para pessoas que necessitem da prestação de cuidados de apoio social, saúde, promoção, autonomia ou manutenção do estado funcional, que podendo permanecer no domicílio, não podem aí ver assegurados esses cuidados face à complexidade ou duração.

Inclui: atividades de manutenção e de estimulação; cuidados de enfermagem periódicos; cuidados de fisioterapia, terapia ocupacional e da fala; apoio psicossocial; animação sócio-cultural; alimentação; higiene pessoal, quando necessária.

B) Cuidados continuados integrados domiciliários

Para pessoas em situação de dependência funcional transitória ou prolongada, que não se podem deslocar de forma autónoma, cujo critério de referenciação assenta na fragilidade, limitação funcional grave, condicionada por fatores ambientais, com doença severa, em fase avançada ou terminal, ao longo da vida, que reúnam condições no domicilio que permitam a prestação dos cuidados continuados integrados que requeiram:

  • Frequência de prestação de cuidados de saúde superior a 1 vez por dia, ou, prestação de cuidados de saúde superior a 1 hora e 30 minutos por dia, no mínimo de 3 dias por semana; 
  • Cuidados além do horário normal de funcionamento da equipa de saúde familiar, incluindo fins de semana e feriados;
  • Complexidade de cuidados que requeira um grau de diferenciação ao nível da reabilitação;
  •  Necessidades de suporte e capacitação ao cuidador informal.

Inclui: cuidados domiciliários de enfermagem e médicos (preventivos, curativos, reabilitadores e/ou ações paliativas); cuidados de fisioterapia; apoio psicossocial e de terapia ocupacional, envolvendo os familiares e outros prestadores de cuidados; educação para a saúde aos doentes, familiares e cuidadores; apoio na satisfação das necessidades básicas; apoio no desempenho das atividades da vida diária.

O Guia Prático da Segurança Social sobre a RNCCI está disponível aqui.

9. Que apoios podem acumular com o benefício de RNCCI?

Para além de terem acesso a uma vastíssima gama de serviços de apoio médico e social, os utentes que beneficiem do RNCCI não ficam privados de aceder a outros benefícios. Acumulam com o RNCCI os seguintes apoios:

  • Bonificação por deficiência do abono de família para crianças e jovens;
  • Prestação Social para a Inclusão;
  • Subsídio por assistência de terceira pessoa;
  • Subsídio de doença;
  • Pensão de invalidez;
  • Complemento solidário para idosos;
  • Complemento por cônjuge a cargo;
  • Complemento por dependência;
  • Complemento extraordinário de solidariedade.

O acesso a cuidados continuados é um dos direitos dos utentes do Sistema Nacional de Saúde. Conheça outros direitos no artigo:

[LEITURA-RELACIONADA=2099 "7 Direitos e Deveres dos Utentes do SNS"]

10. Em que situações os cuidadores informais podem recorrer ao RNCCI?

A atividade de cuidador informal não beneficia de férias, feriados ou folgas. Para garantir o descanso do cuidador informal, o dependente a seu cargo pode ser temporariamente internado numa unidade de longa duração e manutenção, no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

As unidades de longa duração e manutenção destinam-se a internamentos de doentes por mais de 90 dias consecutivos ou a internamentos por menos de 90 dias, para descanso do cuidador informal. Consulte outros apoios disponíveis para cuidadores informais:

[LEITURA-RELACIONADA=3882 "10 direitos do cuidador informal"]


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Como melhorar a Gestão de Produção de sua empresa

Com crescimento mínimo de 0,3% em abril de 2019, a Indústria brasileira tem amargado não só a crise econômica, mas a evolução do varejo e serviços, que cresceram muito mais que a produção industrial e sustentaram o PIB do país no ano anterior.

Analisando tal realidade, fica claro que a indústria precisa se refazer não só diante da crise, mas principalmente diante de um mundo cada vez mais tecnológico e desenvolvido, que está cada vez mais autônomo e precisa que a indústria melhore não só os produtos, mas a maneira de produzi-los e vendê-los ao público.

A Gestão de Produção de uma empresa é peça chave quando o assunto é fazer mais com menos e fazer melhor.

Para garantir menos desperdício, mais economia, agilidade e lucro, é preciso saber como gerenciar de forma consistente.

Neste artigo, confira Como melhorar a Gestão de Produção de sua empresa, e tenha um negócio mais rentável.

Mapeamento dos processos

Por mais que os trabalhadores de uma máquina já saibam como ela funciona e como é feito os produtos, o mapeamento dos processos é uma forma de garantir que não existem falhas ou simplesmente para encontrar onde estão os problemas.

Por exemplo, alguns erros na linha de produção acontecem e nem sempre são percebidos, principalmente quando são erros muito pequenos, mas que custam muito dinheiro e tempo.

Com o Mapeamento dos processos, é possível determinar onde estão acontecendo essas falhas e corrigi-las.

Ter a delegação de funções

Delegar funções é uma tarefa que todo bom líder deve seguir, se quiser ser bem sucedido.

Foi-se o tempo que gestores tomavam para si, todas as obrigações e responsabilidades, e geralmente quando isso acontece, atrapalha e atrasa todos os processos em vários níveis da empresa, se tornando um custo descomunal.

Além disso, o poder do foco para melhorar a produtividade precisa ser lembrado e treinado.

Também é necessário estar vencendo a crise em 21 dias.

E ter uma mentalidade financeira.

Ter pessoas de confiança abaixo do líder principal, agiliza tudo pois este irá se responsabilizar pelas etapas e discussões ou reuniões necessárias e levar ao chefe, somente aquilo que só ele possa resolver.

Observar e garantir os recursos necessários

Pode tudo estar indo bem quando o assunto é planejamento, mas se não tiver os recursos como mão de obra e matéria prima, simplesmente nada acontece.

Em uma indústria de chocolates, por exemplo, se não tiver cacau para fazer o chocolate não tem como produzir e se tiver o cacau mas não houver trabalhadores, o problema continua de pé.

Um bom gestor analisa tudo e o que falta para o negócio continuar crescendo.

O que for preciso em relação a recursos de pessoas e matéria prima deve ser suprida para que a empresa continue funcionando e o produto sendo oferecido ao consumidor final.

De olho nos custos

Muitas empresas estão quebrando hoje, pois não fazem uma boa gestão de produção que otimize a empresa e gere mais receita que despesas.

Os custos dos recursos do tópico anterior, não podem ser altos demais e um bom gerenciamento, valoriza a qualidade sem abrir mão de um bom preço.

A utilização de software de gestão é hoje, um dos grandes auxiliadores das empresas na hora de gerenciar os custos e calcular o faturamento. Utilizar as novas tecnologias a seu favor é fundamental para o sucesso do negócio.

Aprenda Mais Sobre Gestão de Produção

Para profissionais de gestão que trabalham em grande indústrias e precisam de melhor conhecimento e capacitação na área de gestão de Produção, a FBV Cursos, escola online de cursos gratuitos oferece o Curso Online Grátis Gestão de Produção com todo conteúdo necessário para líderes de diversos setores das empresas brasileiras, a serem melhores gestores.

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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Voluntariado: tudo o que precisa de saber antes de ser voluntário

Voluntariado é o conjunto de ações de interesse social e comunitário realizadas de forma desinteressada por pessoas (os voluntários), com o objetivo de ajudar outras pessoas, famílias e comunidades. É uma atividade sem fins lucrativos, dinamizada por entidades públicas ou privadas.

Desta forma, voluntário é o indivíduo que de forma livre, desinteressada e responsável se compromete, de acordo com as suas aptidões e tempo livre, a realizar ações de voluntariado.

Oportunidades de voluntariado em Portugal

A forma mais fácil de procurar oportunidades de voluntariado é recorrer aos sites agregadores de trabalho voluntário:

  • Bolsa de Voluntariado: criado pela Entrajuda, a Bolsa de Voluntariado é uma espécie de "mercado" virtual de voluntariado, servindo de ponto de encontro entre a oferta de oportunidades e a procura por voluntários. É possível pesquisar por áreas de interesse, grupos alvo, regularidade do compromisso e localização.
  • Voluntariado Jovem: no separador voluntariado, dentro do site do Instituto Português do Desporto e Juventude, é possível consultar várias iniciativas de voluntariado jovem promovidas por entidades parceiras do IPDJ.
  • Eurocid: o Eurocid não é um agregador de oportunidades de voluntariado, é antes um site criado pelo Centro Jacques Delors que divulga uma lista de entidades nacionais que proporcionam experiências de voluntariado.
  • Portugal voluntário: a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) divulga ações de voluntariado em diferentes áreas de intervenção através do site Portugal Voluntário.
  • Banco Voluntariado Cidade Lisboa: à semelhança de muitas outras Câmaras Municipais, a de Lisboa tem o seu próprio banco de oportunidades de voluntariado, concentrando ações de voluntariado desenvolvidas nas várias freguesias do município no Banco Voluntariado Cidade Lisboa.

Oportunidades de voluntariado internacional

Para muitos jovens fazer voluntariado internacional é bastante apelativo, pela oportunidade de viajar e de ter contacto com outras realidades e culturas. Uma forma de fazer voluntariado fora do país é através do Corpo Europeu de Solidariedade (antigo Serviço Voluntário Europeu).

Também as Nações Unidas disponibilizam oportunidades de voluntariado de longa duração, destinadas a jovens entre os 18 e os 29 anos, através do programa UN Youth Volunteers.

Outras entidades promotoras de voluntariado internacional são a AMI, WWF, Greenpeace, Cross Cultural Solutions, AIESEC, AFS e Go Abroad.

No que respeita a entidades portuguesas a atuar no campo do voluntariado internacional, temos a Ahead, GASTagus, Sol sem Fronteiras, Para Onde? e VidaEdu.

[LEITURA-RELACIONADA=1590 "Voluntariado Internacional Para Jovens"]

Vantagens de fazer voluntariado

As pessoas fazem voluntariado pelas mais diversas razões: vontade de ajudar o próximo; sensação de bem-estar por fazer algo útil; convívio entre voluntários e população beneficiada; para ganhar experiência profissional ou novas competências; para aumentar a rede de contatos; para retribuir ajuda voluntária já recebida, entre muitas outras razões.

Fazer voluntariado é uma ótima forma de aprender a superar obstáculos, gerir conflitos e trabalhar em equipa. Por essa razão, o voluntariado é visto como uma forma de desenvolver a carreira profissional, sendo uma experiência valorizada pelos recrutadores.

O voluntário pode pedir à entidade promotora que emita um certificação do trabalho voluntário, com os seus dados de identificação, onde indica a atividade desenvolvida, o local onde foi exercida, bem como o seu início e duração.

Direitos e deveres dos voluntários

A Lei n.º 71/98, de 3 de novembro e o Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de setembro atribuem direitos e deveres aos voluntários.

10 direitos do voluntário

  • Fazer formação inicial e contínua;
  • Ter cartão de identificação de voluntário;
  • Aceder ao seguro social voluntário (se não está abrangido pelo regime obrigatório da SS);
  • Ter condições de higiene e segurança;
  • Ter as faltas justificadas (sem perda de retribuição) quando for convocado pela organização promotora, devido a situações de emergência ou calamidade pública;
  • Em caso de acidente ou doença contraída no exercício de voluntariado, ter acesso às indemnizações, subsídios e pensões que estejam legalmente previstas;
  • Definir um programa de voluntariado, onde constem informações sobre o objeto e duração do voluntariado;
  • Participar nas decisões que afetem o seu trabalho voluntário;
  • Beneficiar, na qualidade de voluntário, de um regime especial de utilização de transportes públicos;
  • Ser reembolsado das despesas, se indispensáveis e devidamente justificadas.

10 deveres do voluntário

  • Cumprir os princípios deontológicos da atividade que realiza;
  • Respeitar a vida privada dos beneficiários;
  • Cumprir as normas da entidade com quem colabora;
  • Atuar de forma diligente, isenta e solidária;
  • Participar nas ações de formação;
  • Estimar os recursos materiais, bens, equipamentos e utensílios postos ao seu dispor;
  • Colaborar com os profissionais da organização promotora, respeitando as suas opções e seguindo as suas orientações técnicas;
  • Não assumir o papel de representante da organização promotora sem o conhecimento e prévia autorização desta;
  • Seguir o programa de voluntariado acordado com a organização promotora;
  • Utilizar a identificação como voluntário apenas no exercício do voluntariado.

[LEITURA-RELACIONADA=2080 "Direitos e Deveres dos Voluntários"]

Seguro obrigatório pago pela entidade promotora

Os voluntários têm obrigatoriamente de estar abrangidos por um seguro que lhes garanta proteção em caso de acidente ou doença, sofridos ou contraídos no exercício do trabalho voluntário.

O seguro obrigatório compreende o pagamento de uma indemnização ou de um subsídio diário a atribuir, respectivamente, nos casos de morte e invalidez permanente e de incapacidade temporária.

Seguro Social Voluntário da Segurança Social

Os voluntários que não façam descontos para a Segurança Social, por não estarem abrangidos por um regime obrigatório de proteção social, podem aderir ao seguro social voluntário para obterem algum grau de proteção em caso de invalidez, velhice, morte ou doenças profissionais.

Para o efeito, têm de cumprir os seguintes requisitos:

  • Ter mais de 18 anos;
  • Estar integrado num programa de voluntariado;
  • Não estar abrangido por regime obrigatório de proteção social pelo exercício simultâneo de atividade profissional, nomeadamente auferindo prestações de desemprego;
  • Não ser pensionista da segurança social ou de qualquer outro regime de proteção social.

O pedido de adesão ao seguro social voluntário é feito junto do centro regional da segurança social abrangido pela área de atividade da organização promotora do voluntariado.

Consulte o guia prático da Segurança Social sobre inscrição, alteração e cessação do seguro social voluntário e conheça as suas vantagens:

[LEITURA-RELACIONADA=773 "Vantagens do Seguro Social Voluntário"]

O que distingue o voluntariado?

As ações de voluntariado devem guiar-se por estes princípios:

  • Gratuitidade: o voluntário não é remunerado ou subsidiado pelo exercício do voluntariado;
  • Responsabilidade: o voluntário é responsável pelo exercício da atividade que se comprometeu realizar;
  • Complementaridade: o voluntário não deve substituir os recursos humanos considerados necessários ao funcionamento normal das organizações promotoras;
  • Solidariedade: todos os cidadãos devem sentir-se responsáveis pela realização dos fins do voluntariado;
  • Participação: o voluntariado sofre intervenção das organizações representativas do voluntariado;
  • Cooperação: as várias entidades envolvidas nas ações de voluntariado colaboram entre si;
  • Convergência: o voluntário deve agir de acordo com a cultura e objetivos da entidade promotora.

Se dirige um projeto que precisa de voluntários, este artigo pode interessar-lhe:

[LEITURA-RELACIONADA=1410 "Como Recrutar Voluntários"]


Voluntariado: tudo o que precisa de saber antes de ser voluntário publicado primeiro em https://www.economias.pt

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Acesso ao ensino superior: candidatura, requisitos, calcular a média e resultados do concurso

O acesso ao ensino superior faz-se através de um concurso nacional organizado pela Direção-Geral de Ensino Superior, que decorre no final de cada ano letivo. O concurso de acesso ao ensino superior permite avaliar os candidatos e verificar se cumprem as condições exigidas pelas escolas para ingressarem nos cursos escolhidos.

Requisitos de candidatura ao ensino superior

Para aceder ao ensino superior é necessário apresentar uma candidatura formal. A candidatura ao ensino superior implica que o aluno:

  • Tenha completado o ensino secundário (ou habilitação legal equivalente);
  • Tenha realizado os exames nacionais correspondentes às provas de ingresso exigidas pelo curso e instituição a que se candidata, com classificação igual ou superior à mínima fixada;
  • Realize os pré-requisitos exigidos pela instituição.

Provas de ingresso

As provas de ingresso equivalem aos exames nacionais do ensino secundário. Cada universidade ou politécnico define quais os exames nacionais que vão ser considerados para efeitos de candidatura, bem como a classificação mínima que é preciso obter. O mesmo curso, lecionado em instituições de ensino diferentes, pode ter provas de ingresso e classificações mínimas diferentes.

Para consultar as provas de ingresso exigidas por cada escola pode pesquisar no índice de cursos da DGES.

A maior parte das escolas fixa 2 provas de ingresso por curso, mas algumas exigem apenas um exame nacional e outras conjuntos alternativos de 2 provas (nesse caso, o aluno escolhe o que mais favorece a sua média). A título de exemplo, para entrar em Arquitetura, na Universidade do Minho, são pedidas as seguintes provas de ingresso:

provas de ingresso

Inscrição e fases dos exames nacionais

A inscrição nos exames nacionais é feita pelos alunos, na escola que frequentam, através de um boletim de inscrição. Já são conhecidas as datas dos exames nacionais em 2020. Em 2019, as inscrições para a 1ª fase de exames decorrem entre 28 de fevereiro e 18 de março, e para a 2ª fase entre 12 e 16 de julho.

Há duas fases de exames nacionais, em datas diferentes (1ª fase em junho, 2ª fase em julho). Todos os alunos têm de ir à 1ª fase de exames. Quem não tenha positiva às disciplinas dos exames feitos na 1ª fase, pode repetir o exame na 2ª fase. Também podem ir à 2ª fase os alunos que, tendo ido à 1ª fase, queiram fazer melhorias de nota.

Pode acontecer que um aluno tenha dois exames marcados para a mesma data e hora. Nesse caso, pode ir diretamente à 2ª fase fazer um dos exames (e pode usar a nota na 1ª fase de acesso ao ensino superior).

exames

Exames obrigatórios nos cursos científico-humanísticos

Para concluírem o ensino secundário, os alunos dos cursos científico-humanísticos fazem 4 exames nacionais: Português, disciplina trienal específica do curso e 2 disciplinas bienais específicas do curso (as que foram escolhidas pelo aluno de entre as várias do plano de estudos). Em vez de fazer exame às 2 disciplinas bienais, pode fazer exame nacional a apenas uma disciplina bienal específica, mais o exame de Filosofia (714).

Se as provas de ingresso pedidas pela instituição de ensino a que se candidata forem outras que não estes 4 exames, tem também de realizar os exames nacionais equivalentes às provas de ingresso.

Exames obrigatórios nos cursos profissionais e vocacionais

Os alunos do ensino profissional e vocacional que concluíram os estudos no ano letivo 2011/2012 ou antes, só têm fazer os exames nacionais que equivalem às provas de ingresso exigidas pela universidade a que pretendem candidatar-se.

Os que acabaram o secundário depois de 2011/2012, fazem 2 exames nacionais: Português (639) e outro exame nacional dos cursos científico-humanísticos, à sua escolha. Também têm de fazer os exames nacionais que equivalem às provas de ingresso exigidas pela respetiva universidade ou politécnico.

[LEITURA-RELACIONADA=2339 "Custos de ir para a universidade em Portugal"]

Tipos de pré-requisitos e onde consultar

O acesso a determinados cursos do ensino superior pode exigir o cumprimento de pré-requisitos, que são condições relacionadas com o desempenho físico, funcional ou vocacional do candidato. Os pré-requisitos são fixados pela instituição de ensino e estão organizados por grupos: A, B, C, D, E, F, G, H, I, K, M, P, Q, R, S, X, Z (ver lista de pré-requisitos).

O aluno pode ter que participar numa prova (física, de aptidão musical ou dança) ou entregar algum tipo de documentação (atestado médico que comprove que não tem deficiência ou que tem boa visão).

Por exemplo, o curso de Música, da Universidade de Aveiro, impõe como condições de acesso uma prova de ingresso (exame nacional) que pode ser Português, Matemática, Inglês ou História da Cultura e das Artes e, ainda, o pré-requisito do Grupo P (prova de aptidão musical):

pré-requisitos

Se os pré-requisitos forem eliminatórios e o aluno não os cumprir, não pode aceder ao curso. Noutros casos, os pré-requisitos servem para selecionar os melhores candidatos. A inscrição nas provas decorre em março e a sua realização/avaliação em abril e maio.

[LEITURA-RELACIONADA=3687 "Tudo sobre a bolsa de mérito no ensino superior"]

Como fazer a candidatura ao ensino superior

A candidatura ao ensino superior é feita através do site da Direção-Geral do Ensino Superior (www.dges.gov.pt), de preferência no período de inscrição para a 1ª fase dos exames nacionais.

  1. O primeiro passo para a inscrição é pedir a senha de acesso ao sistema de candidatura, no mesmo site.
  2. De seguida, dirigem-se à escola onde estão inscritos, apresentam o comprovativo de pedido de atribuição de senha e o boletim de inscrição nos exames nacionais.
  3. Depois de saírem os resultados dos exames nacionais, é necessário pedir a Ficha ENES (Exames Nacionais do Ensino Secundário) na escola. Este documento indica a média do secundário e as notas dos exames nacionais. A Ficha ENES também tem um código de ativação da candidatura online.

Existem três fases de concurso, que em 2019 decorrem nas seguintes datas:

  • 1ª fase: 17 de julho a 6 de agosto de 2019
  • 2ª fase: 9 a 20 de setembro de 2019
  • 3ª fase: 3 a 7 de outubro de 2019.

Cada aluno pode inscrever-se em 6 cursos/escolas, por ordem de preferência.

[LEITURA-RELACIONADA=3664 "Quem tem direito a bolsa de estudo na faculdade?"]

Consultar os resultados do concurso

Os resultados do concurso de acesso ao ensino superior podem ser consultados no site da DGES (link direto aqui). A forma mais simples de consultar os resultados é através do número do cartão de cidadão.

resultados

Cálculo da média nos cursos científico-humanísticos

A nota de candidatura ao ensino superior corresponde a uma fórmula composta pela média do secundário, das notas dos exames nacionais e dos pré-requisitos. Siga estes passos:

1. Calcular a classificação final de cada disciplina:

  • Disciplina anual: nota interna;
  • Disciplina bienal e trienal (sem exame nacional): média da nota interna de cada ano (10.º + 11.º a dividir por 2 ou 10.º + 11.º + 12.º a dividir por 3);
  • Disciplina com exame nacional obrigatório: 70% da nota interna + 30% da nota do exame final, a dividir por 10.

2. Calcular a nota final do curso:

  • Fazer a média aritmética de todas as disciplinas do curso, arrendondada às unidades. Excluir: Educação Moral e Religiosa e Educação Física (se o ensino secundário tiver sido concluído a partir de 2014/2015).

3. Calcular a nota final de curso usada para o concurso:

  • (70% da nota final do curso + 30% da média dos 4 exames nacionais), a dividir por 10.

4. Calcular nota de acesso à universidade:

  • Verificar no site da DGES os critérios de acesso fixados pela escola a que se candidata (procurar "Fórmula de cálculo). Pode ser, por exemplo, 65% média do secundário e 35% provas de ingresso. 

Cálculo da média nos cursos profissionais

A nota de candidatura ao ensino superior corresponde a uma fórmula composta pela média do secundário, das notas dos exames nacionais e dos pré-requisitos. Siga estes passos:

1. Calcular a nota final do curso:

  • (2 x média dos módulos) + (30% da nota de estágio + 70% da PAP), a dividir por 3.

2. Calcular a nota final de curso usada para o concurso:

  • (70% da média final do curso + 30% da média dos 2 exames nacionais), a dividir por 10.

3. Calcular nota de acesso à universidade:

  • Verificar no site da DGES os critérios de acesso fixados pela escola a que se candidata (na página do curso, procurar "Fórmula de cálculo). Por exemplo: 65% média do secundário e 35% provas de ingresso. 

fórmula de calculo

Para informações mais detalhadas recomenda-se a consulta do Guia Geral dos Exames Nacionais.


Acesso ao ensino superior: candidatura, requisitos, calcular a média e resultados do concurso publicado primeiro em https://www.economias.pt

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Encomendas retidas na alfândega: porque acontece e como desalfandegar

As encomendas retidas na alfândega são o maior pesadelo de quem faz compras online. Explicamos-lhe em que casos as encomendas podem ficar retidas e o que pode fazer para as desalfandegar.

Que encomendas ficam retidas na alfândega?

Pagou o preço do artigo e do transporte, esteve dias e dias à espera que fosse enviado, mas a encomenda acabou retida na alfândega? Este cenário é mais comum do que pensa e pode acontecer por vários motivos, entre eles, o país de origem da encomenda, o preço pago e a ilegalidade do artigo comprado.

País de origem da encomenda

A primeira triagem que é feita na alfândega tem em consideração a origem da encomenda. Dentro do Espaço Económico Europeu as encomendas circulam livremente e passam as fronteiras sem terem de pagar taxas aduaneiras. Já quando uma encomenda vem de um país fora do espaço comunitário, é sujeita a um controlo mais apertado e pode ter que ser taxada. É o que acontece com os produtos mandados vir de países asiáticos (como a China ou Japão), Estados Unidos, Canadá entre muitos outros.

Valor do encomenda e pagamento do IVA

Outro critério de retenção de encomendas nas alfândegas é o valor do artigo comprado. Se a encomenda vem de fora do EEE e parece ter valor superior a 22 euros pode ficar retida para que o comprador se dirija aos serviços competentes e pague o IVA. Encomendas de valor inferior a 22 euros estão isentas de IVA.

Alguns produtos especiais como o tabaco e o álcool têm de pagar um imposto especial de consumo, não se aplicando a isenção de IVA, mesmo que o valor seja inferior a 22 euros.

Valor da encomenda e taxas aduaneiras

Há encomendas que, para além do IVA, também pagam taxas aduaneiras. Podem ficar sujeitas ao pagamento de taxas aduaneiras as encomendas de valor superior a 45 euros, se a transação foi feita de particular para particular, ou superiores a 150 euros, quando feitas entre empresas e particulares.

A triagem é aleatória

A sua encomenda pode ou não ficar retida, é uma questão de sorte (ou de azar!), uma vez que a triagem é aleatória. Todas as encomendas acima dos 22 euros com origem fora da UE deviam pagar IVA, mas nem todas ficam retidas. Da mesma forma, algumas encomendas podem ficar (mal) retidas, mesmo não havendo nada a pagar.

Tráfico ilícito de mercadorias

Por fim, podem ficar retidas encomendas que contenham produtos de tráfico ilícito, como drogas, armas, tabaco, álcool ou contrafação (falsificações). Encomendas ilegais retidas na alfândega podem ser destruídas.

Um dos principais objetivos das alfândegas é defender as fronteiras externas da União Europeia, garantindo que os direitos dos importadores, dos produtores e dos detentores de direitos de propriedade industrial e intelectual não são afetados, como sendo as empresas e as marcas que fabricam os produtos originais.

Como desalfandegar uma encomenda?

Quando uma encomenda fica retida na alfândega, o destinatário recebe um aviso postal com instruções e pedido de documentação (fatura de compra, comprovativo de pagamento, documento de identificação, entre outros). O objetivo é comprovar o valor da encomenda e calcular o IVA e as taxas alfandegárias, quando aplicáveis.

Prazo para levantar a encomenda

Tem 60 dias para fazer o desalfandegamento, mas se o fizer até ao 30.º dia não paga sobretaxa de armazenamento. Pode optar por não levantar a encomenda, se não quiser ter encargos adicionais. 

Desalfandegamento nos CTT

O procedimento de triagem, contacto com o destinatário, cobrança de taxas e impostos e entrega da mercadoria são da responsabilidade conjunta da alfândega e dos CTT. Isto significa que na grande maioria dos casos a mercadoria não fica retida na alfândega, mas sim nos armazéns de depósito temporários dos CTT.

Em alguns casos, é possível fazer o desalfandegamento online no site dos CTT. Basta aceder a www.ctt.pt e fazer login. De seguida, preenche os campos solicitados (com a informação relativa à natureza da transação, detalhes da compra e toda a restante informação legalmente exigida no processo) e anexa os documentos de suporte à compra. No portal dos CTT também pode simular as taxas aduaneiras a pagar no ato da entrega.

[LEITURA-RELACIONADA=3259 "Como fazer o desalfandegamento de encomendas"]

Quanto vou pagar pelo desalfandegamento?

A encomenda pode estar isenta de taxas aduaneiras e de IVA, dependendo do seu valor.

Só pagam IVA as encomendas acima dos 22 euros.

Quanto às taxas aduaneiras, o seu valor varia consoante o produto. Os produtos com grandes níveis de produção dentro da União Europeia, como o calçado, podem ser sujeitos à aplicação de uma taxa de 17%. Já produtos eletrónicos, como telemóveis, máquinas fotográficas digitais ou computadores não são taxados.

As taxas aduaneiras colocam os artigos importados em situação de igualdade com aqueles produzidos no espaço comunitário e têm o efeito de dissuadir as pessoas de comprar fora do EEE.

Se achar que a encomenda que fez fica demasiado cara depois de pago o IVA e as taxas alfandegárias, pode optar por não a levantar. Para calcular o valor das taxas alfandegárias a pagar pelo levantamento da sua encomenda retida, veja o artigo:

[LEITURA-RELACIONADA=1564 "Como calcular taxas alfandegárias"]

Comprei uma réplica e ficou retida. Não são legais?

Um dos motivos mais comuns de retenção de encomendas na alfândega é o facto de o artigo comprado ser uma réplica. As réplicas são artigos iguais aos originais, geralmente fabricados com matéria-prima de menor qualidade. Para serem legais, têm de ser autorizadas pela marca que produz e comercializa o original, isto é, que detém os direitos sobre o modelo. As réplicas são muito comuns em encomendas de roupa e calçado. 

Neste exemplo, pode ver que no site da Sport Zone são vendidas réplicas legais de merchandising do SL Benfica. Se estes artigos fossem comprados e posteriormente vendidos num site de artigos em segunda mão, o comprador estaria a comprar uma réplica legal. A dificuldade está em conseguir distinguir as réplicas legais das falsificações.

replica e original

Os sites de compras internacionais nem sempre são confiáveis e podem levar o utilizador a comprar produtos contrafeitos, sem ter noção de que o estão a fazer. E quando anunciam que o produto é uma réplica, pode ser uma forma mais discreta de dizer que é uma falsificação. Faça compras em sites confiáveis:

[LEITURA-RELACIONADA=3985 "9 sites confiáveis de compras online internacionais"]


Encomendas retidas na alfândega: porque acontece e como desalfandegar publicado primeiro em https://www.economias.pt

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Voto antecipado está ao acesso de todos: como fazer a inscrição e quando votar

As pessoas que não podem votar no dia marcado para as eleições (qualquer que seja o motivo) ou que estão longe da sua zona de residência na data de ir às urnas, podem votar uma semana antes, inscrevendo-se no voto antecipado, sem necessidade de apresentar qualquer justificação.

Data das eleições e do voto antecipado

As eleições legislativas estão marcadas para o dia 6 de outubro de 2019. Quem se inscrever no voto antecipado vai às urnas no dia 29 de setembro.

Devem votar no dia 29, por exemplo, os estudantes universitários que têm como residência a morada dos pais, mas não se deslocam de propósito para votar. Ou as pessoas que vão estar ausentes em férias ou trabalho no dia 6 de outubro, data das eleições. Também aqueles que têm por hábito passar os fins de semana longe do sítio onde vivem durante a semana, podem recorrer ao voto antecipado e votar noutro município.

Como e quando fazer a inscrição?

A inscrição para o voto antecipado tem de ser feita entre o décimo quarto e o décimo dias anteriores ao da eleição. Isto significa que, no que respeita às eleições do dia 6 de outubro de 2019, para votar antecipadamente tem de inscrever-se entre os dias 22 de setembro (domingo) e 26 de setembro (quinta-feira).

A inscrição para o voto antecipado é feita através da internet, no site www.votoantecipado.mai.gov.pt.

Em alternativa, pode enviar ou entregar uma carta na Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (até ao dia 26 de setembro), seguindo este modelo:

voto antecipado

Para se inscrever tem de fornecer alguns dados pessoais, como sendo o nome completo, data de nascimento, número de identificação civil, morada, mesa de voto antecipado onde quer exercer o direito de voto, email e/ou contacto telefónico.

Locais de voto antecipado

No voto antecipado, é o eleitor quem escolhe onde vai votar. Para as eleições legislativas de 2019, vão ser instaladas mesas de voto antecipado nos seguintes locais:

  • No território continental, pelo menos uma mesa na sede de cada distrito;
  • Na Madeira, duas mesas: uma na Câmara Municipal do Funchal e outra na Câmara Municipal do Porto Santo;
  • Nos Açores, nove mesas, uma por ilha.

Como agir no dia de votar antecipadamente

No dia 29 de setembro de 2019, dia do voto antecipado, deve dirigir-se à mesa de voto escolhida por si e identificar-se através do seu documento de identificação civil, indicando a sua freguesia de inscrição no recenseamento eleitoral.

Vai receber um boletim de voto e dois envelopes, um azul e um branco. Preenche o boletim de voto, que introduz no envelope branco. Depois de fechar o envelope branco, coloca-o dentro do envelope azul e fecha-o. Ao entregar o envelope azul (que contém o envelope branco e que, por sua vez, contém o seu boletim de voto), é-lhe entregue um comprovativo de voto.

Quem pode recorrer ao voto antecipado?

De acordo com a Lei Eleitoral para a Assembleia da República, há dois regimes de voto antecipado. O voto antecipado em mobilidade, que está ao acesso de todos, e o voto antecipado para doentes internados e presos.

Voto antecipado em mobilidade (para qualquer pessoa)

O voto antecipado em mobilidade destina-se a todas as pessoas que, independentemente do motivo e sem necessidade de justificação, queiram votar noutro local que não a sua zona de residência ou em data diferente daquela em que decorrem as eleições.

Voto antecipado para doentes internados, presos e residentes no estrangeiro

Os eleitores que estejam a cumprir pena num estabelecimento prisional ou que estejam internados no hospital, inscrevem-se para voto antecipado até ao dia 16 de setembro e exercem o seu direito de voto na respetiva prisão ou estabelecimento hospitalar, sem terem de se deslocar, uma vez que o voto é recolhido pelo Presidente da Câmara Municipal ou por um representante.

Também podem votar antecipadamente os eleitores recenseados no território nacional, que estejam deslocados no estrangeiro pelos seguintes motivos:

  • Exercício de funções públicas ou privadas;
  • Em representação oficial de seleção nacional, organizada por federação desportiva dotada de estatuto de utilidade pública desportiva;
  • Enquanto estudantes, investigadores, docentes e bolseiros de investigação deslocados no estrangeiro em instituições de ensino superior, unidades de investigação ou equiparadas reconhecidas pelo ministério competente;
  • Doentes em tratamento no estrangeiro;
  • Que vivam ou que acompanhem os eleitores mencionados anteriormente.

Os estrangeiros votam entre os dias 24 e 26 de setembro de 2019, junto das representações diplomáticas, consulares ou nas delegações externas do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Devem levar cartão de cidadão, B.I. ou outro documento identificativo, como a carta de condução ou passaporte.

[LEITURA-RELACIONADA=1507 "Pagamento nas Mesas de Voto"]


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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

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Interrail de Portugal para a Europa: custos, roteiros, transporte, alojamento e muitas dicas

O interrail é uma experiência de viagem pela Europa, com baixos custos de transporte e alojamento. Consiste em partir de mala às costas, com um grupo de amigos, para descobrir os encantos do continente europeu. O termo "interrail" tem origem num passe de comboio (rail) para viajar entre (inter) vários países.

comboio interrail

Planear um interrail implica escolher o roteiro e calcular o preço das viagens, alojamento e alimentação. Para desfrutares de um interrail barato, tens de dominar estas dicas de poupança. 

1. Viajar de comboio e de autocarro

Quem pensa em interrail, pensa em viajar de comboio, até porque o termo "interrail" significa isso mesmo: viajar de comboio (rail) entre países (inter). É o melhor meio de transporte para os viajantes de interrail, tendo em conta a relação qualidade/preço.

Passes Interrail e Eurail

O Passe Interrail foi criado na década de 70, pela União Internacional de Caminhos-de-Ferro. Permite viajar de comboio (e, nalguns casos, de barco e de autocarro) a preços acessíveis. Pode ser adquirido por cidadãos europeus ou por pessoas com residência na Europa.

Os cidadãos não europeus e que não tenham certificado de residência num país da Europa devem comprar um Passe Eurail.

Modalidades do Passe Interrail

Existem duas modalidades do Passe Interrail:

  • One Country Pass: permite viajar num país, a partir de € 51, durante 3, 4, 5, 6 ou 8 dias, no prazo de um mês.
  • Interrail Global Pass: com o preço mínimo de € 217 (e máximo de € 1202), é válido em 31 países (França, Alemanha, Grã-Bretanha, Noruega, Suécia, Áustria, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Finlândia, Grécia, Irlanda, Itália, Espanha, Suíça, Croácia, Dinamarca, Hungria, Polónia, Roménia, Montenegro, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Republica Checa, Macedónia, Sérvia, Lituânia, Eslováquia, Eslovénia, Turquia, Portugal e, ainda, nas empresas de navegação ATTICA, cujos barcos fazem a ligação entre a Itália e a Grécia).

Preços e compra do Passe Interrail

O Passe Interrail pode ser adquirido com um máximo de 3 meses de antecedência, numa estação CP com venda internacional. Também podem ser comprados online, através do site interrail.eu.

Os preços do Passe Interrail variam de acordo com o tempo de utilização, a idade do viajante e as condições em que viajares (1.ª ou 2.ª classe):

preços interrail

Viajar de autocarro

Dependendo da rota escolhida para o teu interrail, poderá ser vantajoso fazer algumas viagens de autocarro. Nalguns casos, não há ligação direta de comboio ou a viagem de autocarro é mais rápida.

É possível viajar de autocarro utilizando o passe de comboio interrail, de forma gratuita ou pagando uma taxa. No site rail.cc/pt podes consultar quais as rotas que podem ser feitas de autocarro em cada país.

interrail amigos

2. Que países escolher? Dicas para definir o roteiro

A escolha do roteiro é uma decisão muito pessoal, que está relacionada com os interesses de quem viaja. Para ajudar o grupo a decidir, há algumas dicas que podem ser tidas em consideração, como escolher países com baixo custo de vida, para poupar na alimentação e alojamento. Outra dica é escolher cidades próximas umas das outras, poupando tempo em viagens, o que permite visitar mais sítios em menos tempo.

[LEITURA-RELACIONADA=3555 "As cidades mais baratas da Europa para viajar"]

RAIL PLANNER: app para pesquisar rotas interrail

A aplicação Rail Planner (IOS e android) permite ao viajante consultar todas as rotas de comboio disponíveis, conferir horários de partida, definir trajetos, fazer reservas e beneficiar de descontos:

rail planner

Sugestões de rotas (clássicas, sazonais, cidades mais baratas...)

Fazendo uma pesquisa rápida na internet, é possível encontrar várias propostas de roteiros. No site Interrail.eu podes pesquisar rotas recomendadas, das mais clássicas, às sazonais, em função dos teus interesses:

rotas interrail

Deves planear as rotas consultando as ligações de comboio disponíveis na Europa, através do Mapa Interrail, que pode ser descarregado para o computador e impresso.

[LEITURA-RELACIONADA=3528 "Os 10 melhores destinos da Europa para visitar"]

3. A escolha do alojamento

Existem muitas possibilidades de alojamento, para todos os gostos e carteiras:

1. Quarto ou cama num hostel: É a principal opção a considerar, não esquecendo que dormir em camaratas fica mais barato. Faz a tua pesquisa no agregador Hosteis.com.

2. Arrendar uma casa: Tratando-se de grupos grandes, pode compensar uma arrendar casa. Podes utilizar o Airbnb ou outra aplicação de alojamento temporário.

3. Hotéis, pensões ou alojamento local: Existem em todos os destinos e podem ser facilmente pesquisados na internet. Sugerimos que utilize ferramentas de comparação de preços, para garantir que paga o preço mais baixo possível (conheça 4 sites para poupar dinheiro em viagens).

alojamento interrail

4. Couchsurfing: Os mais destemidos podem registar-se em couchsurfing.com e entrar em contacto com uma comunidade de pessoas que abrem as portas das suas casas a desconhecidos. Na aplicação podes pesquisar destinos, ver os perfis dos anfitriões e entrar em contacto com eles para combinar os detalhes da sua estadia.

5. Worldpackers: Através deste projeto é possível obter alojamento em troca de algumas horas de trabalho. Pode implicar estadias mais prolongadas em cada destino. Sabe mais em worldpackers.com.

6. Casa de amigos e familiares: Nos tempos que correm, toda a gente conhece alguém que vive, estuda ou trabalha no estrangeiro. Porque não aproveitar e poupar uns trocos? 

mapa roteiro

7. Fazer as viagens de noite: Dormir no comboio pode não ser muito confortável, mas permite poupar tempo e dinheiro. Será útil viajar com tampões para os ouvidos, vendas e almofadas adaptadas, caso durmas sentado, para conferir algum conforto ao pescoço. Poderá ser necessário pagar uma taxa suplementar para ter direito a viajar num lugar com cama.

[LEITURA-RELACIONADA=1106 "Como fazer para dar a volta ao mundo com pouco dinheiro"]

4. Conhecer cidades com visitas gratuitas

Chegados aos países de destino, o objetivo é conhecer o melhor da cultura, património e gastronomia. Uma forma de o fazer é usufruir de visitas guiadas pela cidade, que são tendencialmente gratuitas, as chamadas free walking tours.

O guia é pago em gorjetas, cujo valor é definido pelo visitante. Estão disponíveis em várias línguas e vários horários e costumam ter início num ponto turístico da cidade, como praças movimentadas.

FREETOUR: app para pesquisar free walking tours

Podes obter mais informações no ponto de turismo ou no local de alojamento, ou procurar na internet walking tours a decorrer no destino. Existe um agregador de visitas guiadas gratuitas, a plataforma Freetour.com, que até disponibiliza uma app para telemóvel (IOS e android) para pesquisar visitas gratuitas em mais de 120 países.

freetours app

Há algumas empresas de walking tours que operam em vários destinos e outras que só atuam numa determinada cidade ou país. A Sandemans New Europe tem visitas guiadas em vários pontos da Europa. Em Portugal, por exemplo, há a City Lovers Tours.

Podes descarregar os mapas do Google Maps para utilizares a aplicação offline quando estiveres a explorar uma cidade, caso não tenhas pacote de dados móveis ou rede wifi disponível no local de destino.

[LEITURA-RELACIONADA=3446 "Como juntar dinheiro para viajar"]

5. Identificação, saúde e segurança

Os viajantes que tenham documento de identificação de um país pertencente ao Espaço Schengen (maioria dos membros da União Europeia e a Suíça) têm autorização para viajar sem necessitarem de passaporte.

Se viajas para destinos pertencentes ao Espaço Schengen, basta fazeres-te acompanhar do teu cartão de cidadão. Faz cópias do documento e guarda-as num lugar diferente daquela onde pões o teu C.C., para puderes comprovar a tua identidade se o perderes.

interrail amigos

Para o caso de teres problemas de saúde durante o interrail e precisares de assistência médica, deves ter contigo o cartão europeu de saúde. Se tiveres seguro de saúde pessoal, comunica à seguradora as datas de deslocação e os destinos, para que as despesas sejam cobertas.

[LEITURA-RELACIONADA=3608 "Tudo sobre o Cartão Europeu de Saúde"]

6. Dinheiro e câmbio

Não é aconselhável andar com muito dinheiro na carteira durante um interrail, uma vez que os viajantes de interrail podem tornar-se alvos fáceis para os carteiristas.  Podes utilizar um banco online para fazer pagamentos, transferências entre amigos e levantamentos em várias moedas diferentes.

Os bancos online facilitam compras e levantamentos em moeda estrangeira. Lembra-te que apenas 19 dos 28 países da União Europeia já aderiram ao Euro (não têm euro a Bulgária, República Checa, Croácia, Hungria, Polónia, Roménia, Suécia, Reino Unido e Dinamarca). Experimenta estes:

[LEITURA-RELACIONADA=3877 "Revolut: o que é, como funciona e como criar a sua conta"]

[LEITURA-RELACIONADA=3997 "Banco N26: como criar conta, funcionamento, vantagens, planos e segurança"]


Interrail de Portugal para a Europa: custos, roteiros, transporte, alojamento e muitas dicas publicado primeiro em https://www.economias.pt

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Banco N26: como criar conta, funcionamento, vantagens, planos e segurança

O N26 é um banco online de origem alemã, que funciona sem os balcões tradicionais. Pode criar conta e fazer várias operações bancárias sem ter de se deslocar a uma agência ou multibanco, através de uma aplicação para telemóvel ou do site. O banco N26 tem autorização do Banco de Portugal para operar em Portugal. 

Criar conta no banco online N26

Abrir uma conta no N26 é rápido e fácil. Comece por instalar a app N26, que está disponível para IOS ou Android. Depois do download, indica os seus dados, escolhe o plano que mais se adequa aos seus interesses, passa pelo processo de verificação de identidade e já está, nunca mais tem de recorrer à banca tradicional.

O N26 ainda não está disponível em português, mas o idioma não tem de ser obstáculo à utilização. Basta seguir estas instruções:

Criar conta N26

1. Clique em "Create account"  e de seguida em "Get your free account":

n26 criar conta 1

2. Escolha o país de residência e clique em "Get started". Introduza o seu nome, apelido, email e data de nascimento:

n26 criar conta - 2

3. Insira o seu número de telemóvel e preencha a morada para a qual quer que seja enviado o seu cartão N26. Confirme se a morada fornecida é a correta. Indique a sua nacionalidade, naturalidade, género e residência fiscal:

n26 - abrir conta 3

4. Introduza um código promocional ou clique em "skip" se não tiver. Escolha uma palavra-passe e selecione "Create my N26 Account":

n26 abrir conta - 4

5. Verifique se recebeu um email de confirmação e clique em "Confirm your email" no seu email. Aparece a mensagem "email verified". Clique em continuar e introduza o seu email e password para começar a utilizar a aplicação:

N26 criar conta - 5

Escolher o plano N26 (Metal, You ou Standard)

Indique para que finalidade vai utilizar a conta, se para fins profissionais ou pessoais. De seguida, selecione o plano de serviços Metal, You ou Standard (plano gratuito) e o modo de entrega do cartão (em 2 semanas ou em 2 dias úteis, mediante o pagamento de € 25):

N26 - escolher plano

O banco N26 tem à disposição dos utilizadores três planos de serviços, com custos de utilização diferentes.

O plano N26 Standard (ou só N26) é gratuito. Permite fazer pagamentos ilimitados com o cartão da conta, em qualquer lugar ou moeda, sem cobrança de comissões pelo câmbio. Também pode enviar ou receber dinheiro de outros utilizadores do banco N26 (à semelhança do MBway) e fazer transferências bancárias em 19 moedas. Outra vantagem é a possibilidade de fazer 5 levantamentos gratuitos de dinheiro por mês (cada levantamento extra tem um custo de 2 euros).

planos n26

O plano N26 You, oferece uma gama mais vasta de serviços pela mensalidade de € 9,90. Merece principal destaque o pacote de seguros, que inclui seguro de viagem e bagagem, reembolso de despesas médicas no estrangeiro, furto e extensão de garantia dos produtos comprados com o cartão N26. Tem acesso a levantamentos gratuitos no estrangeiro e permite criar sub-contas dentro da sua conta N26, que pode utilizar, por exemplo, para atingir os seus objetivos de poupança. Tem, ainda, o benefício de poder escolher a cor do seu cartão N26 (há 5 cores à disposição).

Por sua vez, o plano N26 Metal implica o pagamento de uma mensalidade de € 16,90. Com este plano tem direito a levantamentos no estrangeiro em qualquer moeda. Um dos grandes destaques, é o serviço prioritário de atendimento ao cliente, que de acordo com o feedback dos utilizadores, é rápido e eficaz a responder a dúvidas e a solucionar problemas técnicos. Inclui o mesmo pacote de seguros do plano N26 You, também pode criar sub-contas dentro da sua conta N26 e pode escolher 3 cores de cartão. Tem, também, acesso a descontos em entidades como WeWork, Hotels.com, GetYourGuide e muitos outros parceiros.

Validação da identidade do utilizador

Apesar de funcionar pela internet, o N26 não facilita em termos de verificação de identididade dos seus utilizadores. Para além dos dados pessoais já fornecidos, a aplicação vai querer confirmar quem é.

Escolha o documento de identificação (passaporte ou bilhete de identidade). Fotografe a frente e o verso do documento e tire uma selfie:

N26 - verificar identidade

Vantagens do banco online N26

Independentemente do plano N26 que escolha (Standard, You ou Metal), há sempre vantagens na utilização do N26 face à banca tradicional. Conheça algumas:

  • O seu banco está sempre consigo, no telemóvel (acesso 24 horas), sem necessidade de perder tempo e de deslocações;
  • Não paga taxas para abrir conta, nem comissões de manutenção;
  • Recebe notificações de todas as operações realizadas, o que lhe dá a certeza de ter sido efetuada com sucesso;
  • Não paga taxas de câmbio, podendo fazer operações em 19 moedas;
  • Após a abertura de conta, é-lhe submetido um cartão Mastercard gratuito, que pode utilizar em pagamentos ilimitados;
  • A aplicação permite-lhe fazer levantamentos em dinheiro (gratuitos ou mediante o pagamento de uma taxa, dependendo dos limites de levantamentos de cada plano).
  • Tem serviço de apoio ao cliente (bem avaliado pelos utilizadores).

[LEITURA-RELACIONADA=2606 "MB WAY: como funciona?"]

O banco N26 é seguro e de confiança?

Sim, pode estar tranquilo, o N26 oferece garantias de segurança e é fiável. Primeiro que tudo, os clientes estão abrangidos pelo fundo de garantia de depósitos alemão, até ao valor de € 100.000 por pessoa, à semelhança do que acontece em Portugal. Por outro lado, o N26 tem autorização da entidade reguladora da banca e instituições de crédito, o Banco de Portugal, para operar no país.

SEGURANÇA N26

A aplicação está equipada com diversos dispositivos de segurança que asseguram uma experiência mais tranquila por parte do utilizador:

  • Recebe uma notificação no seu telemóvel por cada operação realizada (pagamentos online ou com cartão, transferências, levantamentos, débitos diretos), o que lhe dá a certeza de que foi efetuada com sucesso; 
  • Caso perca o seu cartão N26 pode utilizar a aplicação para bloquear o seu cartão até o encontrar, o que previne cancelamentos precipitados. E se não o encontrar, pode pedir um novo;
  • A aplicação é desbloqueada através da sua impressão digital ou de palavra-passe, conforme seja mais confortável para si.
  • O cartão N26 que é enviado para a sua morada funciona com sistema 3DSecure, um sistema de autenticação mais seguro que previne tentativas de fraude em operações online.

Conheça o Revolut, outro banco online a operar em Portugal:

[LEITURA-RELACIONADA=3877 "Revolut: o que é, como funciona e como criar a sua conta"]


Banco N26: como criar conta, funcionamento, vantagens, planos e segurança publicado primeiro em https://www.economias.pt

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Como Garimpar Oportunidades

[Publicado em 30-07-2012]

Que atire a primeira pedra quem nunca se frustrou ao buscar uma dica de investimentos aparentemente quente, e tempos depois perceber que fez uma péssima escolha. Será que especialistas e a imprensa especializada tentam ludibriar os menos experientes? Ou será que bons investimentos simplesmente deixam de ser bons quando pessoas comuns passam a optar por eles?

Aposte nessa segunda reflexão. Um bom investimento hoje provavelmente deixará de ser bom em um prazo não muito longo. Isso não é profecia, mas sim pura lógica econômica. Os melhores investimentos provavelmente serão as maiores causas de frustrações para desavisados, simplesmente porque oportunidades têm prazo de validade.

Ganho fácil é aquilo que chamamos de oportunidade, pois é improvável que, sendo fácil, dure muito tempo. Afinal, quanto maior a facilidade de ganhos que uma oportunidade traz, mais evidente ela é para empreendedores e investidores, e mais rapidamente atrairá interessados em aproveitá-la.

Quando muitas pessoas disputam uma oportunidade, ela se torna escassa e encarece, deixando de ser uma oportunidade. Em outras palavras, mostre-me um caminho fácil para ganhar dinheiro, que eu consigo torná-lo difícil. Essa é uma reflexão essencial para quem lida com escolhas de investimentos e negócios. Se muitos investidores disputam imóveis em uma região que se valoriza, a própria disputa gera escassez, que faz os preços dos imóveis subirem. Isso chama a atenção do mercado, atrai ainda mais investidores, criando preços desequilibrados, que em um segundo momento passam a despertar maior racionalidade e gerar desconfiança de que o desequilíbrio existe.

Nesse momento, a oportunidade se esgotou.

Se os preços subiram demasiadamente, pode acontecer uma queda abrupta de preços, causando o que se chama de estouro da bolha. Se a alta não for considerada muito absurda, os preços simplesmente estacionam em um certo patamar ou entram em um processo de declínio gradual por falta de interessados.Esse fenômeno acontece com todo investimento que se torna uma moda. Pode ser no mercado de imóveis, de ações ou de qualquer outro ativo.

Segundo a lei da oferta e da demanda, tudo que está na moda tende à saturação.Por isso, uma das principais regras de sucesso de quem investe ou pretende investir é se envolver cada vez mais com o mercado em que negocia seus ativos. É importante acompanhar diferentes fontes de análise, frequentar eventos e cursos, trocar experiências com outros investidores e inovar na forma de estudar o desempenho da carteira de ativos. Quanto mais envolvido estiver o investidor, mais apto estará a identificar oportunidades – as novas, e não as velhas que já estão perdendo força.

Isso não significa que não há saída para aqueles que têm pouca experiência com investimentos. A velha recomendação estratégica continua válida: quanto menor seu envolvimento com investimentos, tenha uma carteira mais conservadora. Porém, com juros na casa de 8% ao ano e ganhos reais pouco acima de 2%, nem o mais conservador dos investidores deve se dar ao luxo de ter apenas recursos em renda fixa. Os mais conservadores deveriam ter uma parcela pequena dos investimentos em mercados renda variável, seja em ações, commodities ou pequenos imóveis, para poder sentir o oportuno desconforto do sobe e desce dos preços. Por que oportuno? Porque as quedas de preços nos incomodam. O incômodo deveria levar o investidor a buscar mais informações sobre a perda que afeta parte de sua carteira, e essas informações o conduziriam a oportunidades ainda em seu estágio inicial. Daí viria o verdadeiro processo de enriquecimento, quando uma oportunidade de ganho fácil se mostra evidente e o investidor saca boa parte de sua renda fixa para comprá-la ainda barata. Em tempos de juros baixos, oportunidades estão raras. Se você tem algo gerando resultados muito bons, tem em mãos um forte sinal de alerta. Pode estar chegando a hora de se desfazer desse ótimo ativo e buscar a próxima oportunidade.

Gustavo Cerbasi  é consultor financeiro e autor de Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, Como Organizar sua Vida Financeira e Os Segredos dos Casais Inteligentes 

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sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Como Criar Setups de Day Trading?

Esta é uma pergunta interessante. Todos querem saber como criar setups. Mas a pergunta está errada: setups não são “criados”. Setups são “encontrados”.

Setups são encontrados quando estudamos o mercado. Quando analisamos, observamos, pensamos a respeito… Ou quando vemos algo acontecer que nos chama a atenção: 

“Você viu o tamanho do gap?!”

Essas observações despertam nossa curiosidade sobre o movimento dos preços no mercado. Ficamos nos perguntando “por quê?”

Com esse espírito investigativo, volta e meia nos deparamos com “setups”… Quer dizer, com condições de mercado que são repetitivas, que ocorrem historicamente antes de um mesmo tipo de movimento dos preços. 

Por exemplo, um setup “de compra”, geralmente ocorre em situações em que o mercado irá subir. Um setup “de venda”, ocorre antes de momentos de queda. São sinais de antecipação do movimento. É como ver o céu ficando escuro no horizonte, antes de uma tempestade: a tempestade não ocorreu (aqui) ainda, mas já está a caminho, e podemos ver.

Como não “criamos” setups, precisamos encontrá-los. Como fazemos isso?

Uma das formas mais simples é utilizando indicadores de Análise Técnica.

Cada indicador foi desenvolvido para capturar ou identificar um tipo de movimento dos preços: alguns identificam tendência, outros identificam reversões, outros, ainda, identificam volatilidade.

O importante é saber que tipo de movimento o indicador descreve, e como podemos usá-lo para encontrar setups!

Por exemplo:

Bandas de Bollinger são ótimas para identificar volatilidade.
Médias móveis são úteis para identificar tendência.
IFR e Estocástico são usados para encontrar pontos de reversão.

Cada indicador serve para um tipo de movimento do mercado.

Dessa forma, é importante conhecer os indicadores e suas peculiaridades, e, é claro, ter uma ideia de que tipo de movimento desejamos aproveitar: queremos ganhar na alta, na baixa, ou quando mercado está lateral? É importante ter uma noção do que pretendemos, pois nenhum setup dará indicação de “todas as oportunidades”. Cada setup é “especializado” em um tipo de cenário!

Para encontrar setups, não precisamos reinventar a roda. Aliás, você não precisa. (Já reinventamos a roda para você.)

Fizemos isso ao criar 1.080 testes históricos de setups (backtests) com os 10 principais Indicadores Técnicos da atualidade… Aliás, os mesmos indicadores usados pela SmarttBot em seu famoso robô TANGRAM. 

(Todos os setups foram encontrados no versátil e acessível mini-contrato futuro do índice Bovespa… O “mini-índice”).

Os indicadores que usamos nos backtests foram:

  1. ADX
  2. Bandas De Bollinger
  3. Estocásticos
  4. HiLo
  5. IFR
  6. MACD
  7. Médias Móveis
  8. SAR Parabólico
  9. Stop ATR
  10. VWAP

Lembra que setups não são criados, mas sim, encontrados? Então… Com os 1.080 backtests usando esses indicadores, conseguimos encontrar diversos setups vencedores, prontos para usar.

Como trader discricionário (manual), você pode usar os setups como referência para se antecipar a movimentos de alta ou de baixa. Já se você opera com robôs (sinal de que você é esperto), pode simplesmente configurar os setups em seu robô… E deixar eles fazerem o trabalho por você.

Mais ainda: você pode usar esses setups como ponto de partida para suas próprias investigações e estudos sobre o mercado… É como já sair com vantagem sobre os outros traders, que ficam procurando setups às cegas.

Exemplos de Setup

Vamos dar um exemplo de setup que encontramos ao realizar os backtests.
Este é um setup que utiliza o indicador MACD para encontrar pontos de venda a descoberto (operação que visa lucrar com a queda do mercado).

Essa é a curva de capital do setup, utilizando apenas 1 mini-contrato:

Aqui vão os parâmetros e resultados do setup:

  • Número do Backtest: Como fizemos 1.080 backtests, eles foram numerados, para referência.
  • Tempo Gráfico: Indica a periodicidade que foi utilizada. Nesse setup, usamos o gráfico de 60 minutos.
  • Indicador: Cada setup foi criado usando um único indicador. Esse setup é um dos muitos que usaram o indicador MACD (Moving Average Convergence Divergence).
  • Trade: Tipo de operação. Como falamos acima, esse setup é “de venda”, e procura lucrar com a queda do preço. (Existem outros setups que são “de compra”, e lucram com a alta dos preços).
  • Configuração: Este é um detalhe técnico: que tipo de informação do indicador utilizamos no setup. Ocorre que os indicadores permitem mais de uma forma de utilização. No caso deste setup, temos “Linha MACD acima/abaixo da linha de sinal”, significando que o setup ocorre quando a linha está abaixo da linha de sinal, pois é um setup de venda. (Se fosse um setup de compra, ele utilizaria linha MACD acima da linha de sinal).
      • Ponto importante: se usamos apenas um formato (acima/abaixo) no setup, e nesse caso, por ser um setup de venda, a linha é “abaixo”, porque foi informado  “Linha MACD acima/abaixo da linha de sinal”?
      • Pois esta é a configuração que você precisa colocar na plataforma SmarttBot para utilizar o setup. Ela contém os dois casos, e diferencia qual deles usar pelo tipo de trade: compra ou venda. 
  • Target: 740. Esse valor é em pontos, indicando que sai da operação com lucro ao alcançar 740 pontos a partir do preço de entrada. É um alvo bastante longo, de intraday!

  • Stop: 740. Essa é a pontuação para o stop-loss, ou saída com perda. Também é um stop “longo”.
      • IMPORTANTE: Testamos diversas configurações de Target/Stop. Essa é apenas uma delas. Abaixo você tem uma ideia dos tipos de Target/Stop utilizados:

 

  • Abordagem: Tendência. “Seguir a tendência” significa comprar quando o preço está subindo, ou vender quando o preço está caindo. Este setup aproveita os momentos de baixa do mercado para vender e lucrar com a queda.
  • Retorno Total: 10.870 pontos! (Mini-índice futuro).
  • Retorno Mensal: Agora estamos falando! O setup deu um retorno mensal de 1.812 pontos de índice, no período de teste. (Apesar do índice operar apenas em incrementos de 5 pontos, o resultado é líquido de taxa de corretagem de R$ 1,00 e slippage, que foi incorporada no teste. Por isso a pontuação “quebrada”).
  • Taxa de acerto: 53%. Não é uma taxa de acerto alta, porém é compatível com operações “de tendência”.  Outros setups deram taxas de acerto maiores (alguns até 100%).
  • Trade Médio: 81 pontos. (Novamente uma pontuação “quebrada”, tão comum em relatórios de backtest). Esse valor significa que, em média, você teria ganho 80 pontos (arredondamos para baixo), por negociação (como se fosse o ganho esperado “em todas as negociações”, pois o cálculo do trade médio compensa os ganhos com as perdas).
  • Número de Trades: No período de teste, o setup realizou 135 negociações (ou seja, número de vezes em que ocorreu).
  • Fator de Lucro: 1,37. Isso significa que, para cada real “perdido” (nas operações com prejuízo), você teria ganho 1 real e 37 centavos, nas operações com lucro. (Basta que o valor esteja acima de 1,00 que já é uma boa notícia!)

Este setup pode ser usado MANUALMENTE ou através de um ROBÔ DE TRADING. Como ele foi produzido na plataforma SMARTTBOT, com o robô TANGRAM, basta você configurar os mesmos parâmetros para conseguir usar o setup.

Para usar os parâmetros, faça login no site da plataforma SMARTTBOT e clique aqui para acessar a página dos parâmetros deste setup:

 

A partir daí, basta copiar os parâmetros para o seu robô TANGRAM, e sair operando, se assim desejar!

IMPORTANTE: Este SETUP é apenas um dos 144 Setups que você encontra nesse Ebook:

Este Ebook contém o RELATÓRIO COMPLETO dos melhores SETUPS que encontramos em 1.080 BACKTESTS no MINI-ÍNDICE!

Além dos setups (que podem ser usados manualmente ou com robô), você ganha uma perspectiva panorâmica de como se planeja um “plano de backtests”, para encontrar setups.

Conhecimento é tudo. Invista no seu conhecimento, e seus investimentos no mercado terão um retorno melhor. 

Clique aqui para conhecer os 144 setups!

 

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terça-feira, 3 de setembro de 2019

Deságio: o que é e como calcular

Se você já investe ou tem o hábito de ler sobre investimentos, provavelmente já se deparou com os termos ágio e deságio.

Mas você sabe o que eles significam?

Se a resposta é não, a falta de conhecimento pode estar fazendo você perder dinheiro. Vamos a alguns exemplos práticos que ilustram essa afirmação.

Primeiro, pensemos no contexto de um consumidor comum que decide fazer compras em uma viagem internacional. Ao adquirir um produto em moeda estrangeira no cartão de crédito, por exemplo em dólar, você poderá observar em sua fatura uma estimativa do valor da compra. Por que isso acontece?

Porque o valor da taxa de câmbio do dólar que você pagará será ajustado para o preço cotado no dia do fechamento da fatura.

Portanto, caso a cotação fique abaixo do preço do dia da compra, você terá um “desconto”, denominado deságio, que o beneficiará. Obviamente, o oposto também é verdadeiro, portanto, se a cotação da moeda permanecer acima do preço do dia da compra, você terá que pagar um “acréscimo” por essa diferença. Isso significa que ocorreu um ágio sobre o valor.

Vale ressaltar que esse modo de cobrança dos cartões de crédito pelos bancos têm prazo para terminar. O banco central definiu em novembro de 2018 que, a partir do dia 1º de março de 2020, a cotação usada seja a do dia em que a compra foi feita para que você possa saber exatamente o quanto está gastando. Até lá, no entanto, é importante ficar atento às variações cambiais para evitar maiores surpresas.

Agora vamos entender como os conceitos podem ser aplicados dentro do mundo dos investimentos, com um cenário muito comum dentro da rotina do investidor, as operações de compra e venda no mercado de bolsa de valores.

No momento que uma empresa apresenta depreciação no preço de suas ações, ou seja, tem elas negociadas a um valor inferior ao seu valor patrimonial, entende-se que houve um deságio no preço do papel. O investidor que souber se beneficiar desta situação, portanto, poderá comprar as ações por um preço melhor, abaixo do valor a mercado, com a expectativa de que ela retorne em algum momento ao valor equivalente ou igual ao patrimônio líquido real da companhia.

Um exemplo negativo de deságio, por sua vez, ocorre quando investidores resgatam um título de renda fixa antes da data do seu vencimento. Neste momento, bancos e corretoras podem cobrar sua porcentagem pela antecipação e além disso o valor recebido pela venda do título é a preço de mercado, podendo ser inferior ao preço de compra devido a oscilação do seu valor que é influenciado pelas expectativas de redução ou queda da inflação e da taxa de juros.

Conhecendo com mais clareza os conceitos, a pergunta que fica é:

Como podemos calcular um deságio?

Existem duas formas, dependendo da situação em questão.

Para identificar, nos casos anteriores, se a oferta de compra de uma ação está barata, com deságio, ou cara, com ágio basta utilizar a equação abaixo:

No qual VPA equivale ao valor patrimonial da ação.

Se o resultado for menor que 1, representa que o preço de mercado da ação está com deságio, desvalorizada. Se for igual a 1 o preço de mercado é equivalente ao preço real, e se for maior que 1 significa que a ação está supervalorizada, com ágio.

No último exemplo, para analisar a rentabilidade do título de renda fixa, como primeiro passo devemos calcular sua cotação.

No qual a variável taxa equivale a variação da taxa Selic no momento da compra e d.u. a quantidade de dias úteis.

Se o título estiver sendo vendido sem ágio ou deságio a cotação será igual a 100.

O segundo passo é encontrar o valor nominal atualizado (VNA) projetado do Tesouro Selic (LFT), a partir da meta para a taxa Selic definida no período pelo Banco Central:

Por fim, temos o preço de venda do título:

Então encontramos a rentabilidade que o investidor teria em caso de venda antecipada:

Na Lotus Capital você encontra profissionais especializados no assunto que podem orientá-lo a fazer todos os cálculos que vimos neste artigo, ou esclarecer dúvidas que surgirem sobre a análise de uma oportunidade no mercado financeiro, para que sejam tomadas as melhores decisão no momento de entrar em um investimento, seja ele de renda fixa ou renda variável.

Autora: Suellen Santana – Especialista em Renda Variável

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