sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Investir em Bitcoin: Tudo que você precisa saber

Agora que você já sabe o que é o bitcoin e quais suas principais características do ponto de vista tecnológico, vamos falar um pouco mais do como investir em bitcoin, tocando alguns dos principais pontos a respeito da principal criptomoeda do mercado.

 

Voltando brevemente ao conceito básico do bitcoin, trata-se de uma moeda digital descentralizada e, portanto, sem uma entidade central por trás de sua emissão ou de suas transações.

 

E qual o grande valor disso do ponto de vista de investimento? Vamos ver isso passando pelos principais pontos e questionamentos que se tem acerca do bitcoin. Desta forma, quebramos alguns paradigmas e vemos as principais vantagens de investir em bitcoin.

 

Vamos falar sobre lastro

 

Um dos principais questionamentos acerca de investir em bitcoin é a respeito do lastro. Por se tratar de uma moeda, muitos esperam que ela tenha o seu valor baseado em algum ativo subjacente. De antemão eu quero endereçar o principal questionamento que surge aqui: o bitcoin não tem lastro. E isto não é algo ruim!

 

Vou quebrar de cara uma crença muito comum: nenhuma das moedas que você utiliza (dólar ou real) tem lastro. 

 

Muitos acham que o real, por exemplo, é lastreado em ouro ainda. O que poucos sabem é que o real não segue o chamado padrão-ouro. Em sua criação, em 1993, o real se propunha a ser lastreado em moeda forte (dólar), buscando uma paridade de um para um com a moeda estadunidense. No entanto, sabemos que este não é o caso. O plano não seguiu como imaginado e, apesar de se ter uma reserva cambial, o real não é lastreado em dólar.

 

Tanto o real quanto o dólar são moedas fiduciárias, isto é, moedas cujo valor é pautado na fé, ou seja, na confiança que se tem em quem emite a moeda. 

 

Falando agora do bitcoin, ele também não tem lastro, porém não tem um Banco Central emitindo novas unidades da moeda. Então pelo que é dado o valor do bitcoin?

O valor do bitcoin é dado pela livre negociação e o valor visto pelas suas características e pela sua tecnologia. Ou seja, pura oferta e demanda, atrelada à utilidade prática da moeda.

 

O fato de o bitcoin ser uma moeda escassa, com emissão finita e pré-programada de forma não alterável, lhe dá uma vantagem comparativa frente às moedas fiduciárias. Enquanto o real ou o dólar podem ser emitidos de acordo com a vontade do seu banco central, o bitcoin tem em seu código a sua emissão, e isso nunca mudará. 

 

Desta forma, tem-se uma previsibilidade do montante disponível a ser negociado. E, como a emissão é decrescente e a usabilidade crescente de acordo com a adoção da moeda, no longo prazo, a tendência é de o bitcoin se valorizar.

 

O preço do bitcoin e sua dinâmica

O bitcoin, assim como grande parte dos criptoativos, é considerado um ativo de alta volatilidade. Na prática, isso quer dizer que o bitcoin tem grandes movimentações de preço, em percentual, principalmente se comparado a ativos tradicionais, como ações, moedas e commodities.

 

Um comparativo interessante para se fazer é entre a volatilidade do bitcoin e a do real em relação ao dólar. Enquanto a volatilidade do bitcoin em 30 dias costuma ser em torno de 5%, atingindo picos de até 15,6%,  a volatilidade do real em relação ao dólar, nessa mesma métrica, gira em torno de 0,75%.

 

Mas o que isso quer dizer na prática? 

 

Uma volatilidade maior quer dizer que o ativo poderá ter altas e quedas significativas até mesmo no período intradiário. Isso incomoda alguns investidores mais conservadores, mas não deveria. O Bitcoin é um investimento de longo prazo e que, pela alta volatilidade, oferece boas oportunidades de realizações parciais de lucros e novas entradas. 

 

Essa característica, apesar de muito válida para traders, não é exclusiva para eles. Os investidores que seguem à filosofia do buy and hold, ou seja, comprar e segurar o ativo acreditando no longo prazo, tem boas oportunidades de entrada até mesmo no ciclo de alta. 

 

Na década passada, que foi a primeira do bitcoin, o ativo foi o melhor investimento possível, acumulando uma alta de aproximadamente 89.500%, desde 2012 até dezembro de 2020.

 

Claro que retornos passados não são garantias de lucros futuros, e o bitcoin já enfrentou severas recessões. Mas o ativo se mostrou anti-frágil e continua crescendo em adoção tanto para meios de pagamento quanto como alternativa de investimento para grandes instituições.

 

Um ativo descorrelacionado do mercado tradicional

Como já vimos anteriormente, o bitcoin tem uma dinâmica de preço própria, atrelada à sua utilidade, adoção e tecnologia.

 

Por isto, seu preço não é afetado diretamente por fatores ligados ao mercado tradicional e, por consequência, com ativos tradicionais.

 

A sua correlação com o S&P500, principal índice de ações estadunidenses, e com o dólar propriamente dito, são baixas (abaixo de 0,2), como podemos ver na imagem abaixo.

 

gráfico

Fonte: CoinMetrics

Esta característica torna o bitcoin muito interessante na composição de um portfólio diversificado de ativos, e tem sido cada vez mais explorados por grandes fundos de investimento mundo afora.

 

Os principais riscos do bitcoin

A volatilidade, por si só, pode ser um risco para os negociadores mais afoitos. Assim como existem boas oportunidades de lucro, existe o risco de errar a mão e acabar perdendo um valor percentual relativamente alto em curto espaço de tempo. Este, sem dúvidas, deve ser um ponto de atenção para investidores deste mercado.

 

No entanto, o maior risco do mercado de criptoativos e, especialmente, do bitcoin, são as fraudes relacionadas à negociação e supostas oportunidades milagrosas.

 

Para nós, brasileiros, este tipo de fraude não é novidade. Já estamos acostumados a ver nos noticiários grandes esquemas financeiros fraudulentos se desmantelando, e os donos sumindo com o dinheiro das vítimas.

 

O problema é que o bitcoin, por ser conhecido como um ativo que gerou grandes lucros em curtos espaços de tempo, se torna uma boa fachada para a implementação destes esquemas. Sempre tem gente nova chegando no mercado, e estes são os principais alvos destes esquemas.

 

Portanto, se quiser comprar bitcoins, a nossa principal sugestão é que você o faça em uma corretora própria de criptoativos, com renome no mercado e credibilidade. Assim, você já mitiga um dos principais riscos deste mercado: o de cair em fraudes.

 

Onde comprar bitcoin com segurança?

A mais tradicional e renomada corretora do Brasil e da América Latina é o Mercado Bitcoin.

 

O Mercado Bitcoin está em operação desde 2013, sendo a primeira corretora dedicada exclusivamente à negociação de criptoativos.

 

A corretora hoje já conta com mais de 2 milhões de clientes registrados, e está sempre trabalhando na melhoria da sua segurança, para que seus clientes possam dormir tranquilos.

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